Que espécie é esta: Grewia occidentalis

O leitor Oscar Toyofuku fotografou esta árvore a 30 de Junho em Leiria e pediu para saber a que espécie pertence. Carine Azevedo responde.

Trata-se de uma Grewia occidentalis.

Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

Trata-se de um exemplar de Grewia occidentalis. É uma espécie exótica da família Malvaceae, nativa do Sul de África.

É um arbusto ou pequena árvore, que pode atingir até três metros de altura.

As folhas são simples, verde-escuras, brilhantes, de forma elíptica e margem serrilhada.

As flores são violeta ou rosa, em forma de estrela e bastante atrativas. Em Portugal dão um toque especial de cor aos jardins no final do verão e durante o outono, embora no habitat natural possam florir ao longo de todo o ano.

Os frutos surgem no inverno. São bagas pequenas castanho-avermelhadas que se tornam arroxeadas na maturação.

Esta planta atrai a vida selvagem. Os frutos são apreciados pelas aves e por alguns mamíferos e as suas folhas alimentam muitas espécies de borboletas.

É uma planta ornamental muito interessante para qualquer jardim, tolerante a algumas condições adversas, nomeadamente ao frio e à geada, durante o inverno e às condições de secura, no verão.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.