Que espécie é esta: grilo-de sela-de-ana-paula

O leitor Nuno Leal fotografou este insecto na Benedita, Leiria, a 7 de Setembro e quis saber qual a espécie a que pertence. Sílvia Pina responde.

“Agradeço a vossa colaboração na satisfação da curiosidade. Que bicho é este?!”, perguntou o leitor à Wilder.

Trata-se de um grilo-de sela-de ana-paula (Lluciapomaresius anapaulae).

Espécie identificada e texto por: Sílvia Pina, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Trata-se de uma fêmea. Possui um longo ovipositor, no fim do abdómen, que é utilizado para colocar os ovos no solo.

Espécie com nome comum grilo-de sela-de ana-paula, foi descoberta pela investigadora Ana Paula Martinho em 1998, na Mata de Leiria.

É uma espécie que ocorre apenas em Portugal continental, distribuindo-se sobretudo no centro litoral.

Vive em zonas de florestas e matos e geralmente é muito difícil de encontrar.

Ainda assim, o leitor da Wilder Flávio Santos encontrou um grilo desta espécie a 10 de Outubro na Nazaré.

“Estão mesmo a aparecer!!”, comentou Sílvia Pina.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.