Foto: Andreia Faria

Que espécie é esta: junco-solto ou junco-efuso

Andreia Faria pediu ajuda na identificação desta planta que fotografou num charco do Parque Urbano Sara Moreira, em Santo Tirso, a 25 de Abril. Carine Azevedo responde.

A planta das fotografias é o junco-solto ou junco-efuso (Juncus effusus) e pertence à família Juncaceae.

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

Foto: Andreia Faria

É uma espécie nativa, vivaz e herbácea, que pode crescer entre 50 a 90 cm de altura. Possui um rizoma (caule subterrâneo) curto e caules aéreos lisos, lustrosos e verde-amarelados. As folhas são cilíndricas e afiladas, em forma de pequenas lanças de cor verde intenso, e rodeiam os caules.

As flores são hermafroditas e surgem dispostas em inflorescências, em eixos desiguais entre si, e possuem uma cor esverdeada ou esbranquiçada.

O junco-solto é uma planta marginal ou palustre, ou seja, uma planta que se desenvolve em solo encharcado ou dentro de água próximo da margem. É comum encontrar-se na margem de lagos e tanques, ribeiras, prados húmidos e em solos profundos. 

É uma planta de rápido crescimento, que tem um período de floração longo que se estende de maio a setembro.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.