Que espécie é esta: lagarta da borboleta colibri

A leitora Aucineia Ferreira fotografou esta lagarta a 6 de Outubro em Pontével, Cartaxo, e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares dá-lhe a identificação.

“Com poucos dias fez estragos na minha horta e foi tudo. No início cheguei a pensar que fossem caracóis ou a lagarta da couve. Ontem esperei anoitecer e fui até ao local ver o que  se passava. Qual o meu espanto quando encontrei  esta lagarta a detonar a minha batata doce.”

A espécie que observou é uma lagarta da Borboleta-colibri (Agrius convolvuli).

Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é uma espécie do grupo das borboletas nocturnas da família Sphigidae.

Alimentam-se geralmente em voo como a ave de onde vem o nome comum.

Borboleta colibri (Agrius convolvuli). Foto: Charles J. Sharp/Wiki Commons

As lagartas alimentam-se de plantas como a Glória da manhã (Convolvulaceae), leguminosas, etc.

O adulto apresenta um proboscide (tromba) enorme, o que o permite alimentar-se em flores com corola alongada.

Esta espécie é um bom exemplo de uma espécie do Outono pois voa agora. 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.