Que espécie é esta: lagarta da borboleta-esfinge-das-tílias

A leitora Ana Teodósio fotografou esta lagarta a 23 de Setembro no Jardim do Campo Grande, Lisboa, e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares e Eduardo Marabuto respondem.

“Localizada no Jardim do Campo Grande em Lisboa, no dia 23 de Setembro/2021 pelas 13h30. Caiu sem “paraquedas” directamente da árvore (plátano) para o chão”, escreveu a leitora à Wilder.

Inicialmente identificou-se esta espécie como uma lagarta da borboleta-colibri (Agrius convolvuli), mas afinal é uma lagarta da borboleta-esfinge-das-tílias (Mimas tiliae), segundo Eduardo Marabuto.

Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal e Eduardo Marabuto, entomólogo.

A borboleta-esfinge-das-tílias é uma grande borboleta noturna da família Sphingidae.

As lagartas alimentam-se, como o nome indica, de folhas das árvores da família das tílias.

As esfinges-das-tílias, que em fase adulta têm asas relativamente finas e em tons de verde e castanho, começam a voar na Primavera.

Aqui pode ver o adulto desta mesma espécie que outra leitora encontrou.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.