Que espécie é esta: lagarta da borboleta zebra

A leitora Maria Silva fotografou esta lagarta a 22 de Setembro na Maia e quis saber a espécie. Albano Soares responde.

Maria Silva encontrou a lagarta “agarrada a uma pequena macieira”.

Trata-se de uma lagarta de borboleta-zebra (Iphiclides feisthamelii).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta espécie é “uma grande e bonita borboleta da família Papilionidae”, de acordo com o investigador.

Borboleta zebra. Foto: Francesc Puig/Wiki Commons

A borboleta-zebra pode ser encontrada em Portugal, Espanha, Sul de França e Norte de África.

As fêmeas colocam os ovos numa grande diversidade de árvores, tanto silvestres (como o abrunheiro ou catapereiro), como árvores de fruto dos pomares, como pereiras, macieiras e pessegueiros, explicou por seu turno Patrícia Garcia Pereira, também do Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal, num artigo já publicado na Wilder sobre cinco borboletas para procurar no Verão.

“Os ovos são colocados individualmente e as lagartas têm um desenvolvimento lento, não causando por isso grandes danos às plantas hospedeiras”, acrescentou esta especialista.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.