Que espécie é esta: lagartixa-do-mato

A leitora Cristina Almeida fotografou esta lagartixa a 20 de Agosto em Figueiró dos Vinhos, e quis saber qual a espécie a que pertence. Guilherme Caeiro-Dias responde.

“Envio em anexo a fotografia de uma lagartixa que apareceu na churrasqueira da nossa casa em Figueiró dos Vinhos”, escreveu a leitora à Wilder. 

Trata-se de uma lagartixa-do-mato (Psammodromus algirus).

Espécie identificada por: Guilherme Caeiro-Dias, primeiro autor do estudo que elevou ao estatuto de espécie a lagartixa-lusitânica (Podarcis lusitanicus), antigo aluno de doutoramento no CIBIO-InBIO, agora a trabalhar na Universidade do Novo México, nos Estados Unidos.

Segundo o investigador, “é uma lagartixa-do-mato (Psammodromus algirus). É uma fémea ou talvez um subadulto. Não consigo ter bem a percepção do tamanho”.

Esta é uma lagartixa que vive em todo o território de Portugal.

É acastanhada mas os machos ficam com a cabeça vermelha durante a época de reprodução, segundo o guia “Anfíbios e Répteis de Portugal“, lançado em 2017. 

Mede entre 25 e 30 centímetros.

Costuma alimentar-se de pequenos invertebrados, como por exemplo escaravelhos, aranhas e formigas.

Está activa durante o dia, mas hiberna nos meses mais frios.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.