Que espécie é esta: lagostim-vermelho-do-Louisiana

Duas turmas da EB1 de Penha Garcia encontraram este lagostim a 25 de Maio de 2021 em Penha Garcia e pediram para saber a que espécie pertence. Filipe Ribeiro responde.

“A EB1 de Penha Garcia fez um passeio pelo Pêgo, em Penha Garcia, no dia 25 de maio de 2021 para estudar os fósseis de trilobites que aí se encontram e encontrou esta espécie da qual gostariam de saber mais informações, assim como o seu nome”, escreveram as Turmas A e B da EB1 de Penha Garcia à Wilder.

Trata-se de um Lagostim-vermelho-do-Louisiana (Procambarus clarkii).

Espécie identificada por: Filipe Ribeiro (SIBIC-MARE – Projeto LIFE INVASAQUA)

Esta é uma espécie exótica invasora com um grande sucesso. Em 40 anos, o lagostim-vermelho-da-Louisiana entrou em Portugal e espalhou-se por todo o país. É uma das espécies exóticas invasoras mais perigosas.

Esta espécie nativa da América do Norte, que entrou em Portugal em 1979, está espalhada por, pelo menos, 11 bacias hidrográficas de Norte a Sul: Douro, Leça, Vouga, Mondego, Lis, ribeiras do Oeste, Tejo, Sado, Mira, ribeiras do Algarve e Guadiana.

É um predador voraz de anfíbios – como a salamandra-de-costelas-salientes (Pleurodeles waltl) e a rela (Hyla arborea) -, insectos e plantas e é temido pelos orizicultores, que vêem as galerias escavadas pelos lagostins secar os seus campos de arroz.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.