Que espécie é esta: larvas de escaravelho-rinoceronte

O leitor João Santos encontrou estas larvas a 6 de Maio em Tomar e quis saber qual a espécie a que pertencem. João Gonçalo Soutinho responde.

A 6 de Maio “à tarde, a cavar em volta de uma sapata de pinheiro na esperança de o remover, encontrei três larvas destas e duas mais pequenas. Pela minha simples pesquisa no “tio” google parece ser larva de besouro…será??? Gostaria de ter a vossa opinião se fosse possível. Foi na zona de Tomar e os animais estão bem…”, escreveu o leitor à Wilder.

Tratam-se de larvas de escaravelho-rinoceronte (Oryctes nasicornis).

Espécie identificada por: João Gonçalo Soutinho, coordenador do VACALOURA.pt.

Este é um dos escaravelhos maiores e mais pesados da Europa, podendo chegar aos seis centímetros de comprimento.

Adulto de escaravelho-rinoceronte. Foto: Adrian Tync/WikiCommons

O seu corpo é de um tom castanho escuro. Os machos têm uma espécie de corno curvo que se revela muito útil nas lutas contra outros machos para conquistar as fêmeas. 

Enquanto larvas, estes animais alimentam-se de madeira morta. Esta espécie passa cerca de dois anos em estado larvar e os adultos emergem entre Março e Maio. 

Os escaravelhos adultos não se alimentam e vivem, normalmente, até ao Outono.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.