Que espécie é esta: lesma-leopardo

A leitora Paula Condinho pediu para saber mais sobre esta lesma fotografada no Jardim de Infância do Ingote, Coimbra, a 15 de Abril. Teresa Rodrigues Lopez responde.

Trata-se de uma lesma-leopardo (Limax maximus).

Espécie identificada e texto por: Teresa Rodrigues Lopez, Universidade de Santiago de Compostela (Espanha).

Trata-se de um indivíduo de Limax maximus (Linnaeus 1758), conhecida como lesma-leopardo, lesma-tigre ou lesma-gigante-de-jardim. É uma espécie pertencente à família Limacidae.

É uma espécie originária da Europa mas na actualidade podemos encontrá-la em outras partes do mundo.

Alimenta-se de plantas, fungos, lixo, etc. Tem hábitos nocturnos, ainda que também a possamos ver em dias chuvosos e de temperatura amena.

Habita em vários tipos de locais, como bosques, jardins, exteriores de edifícios, muros e pilhas de lixo, por exemplo.

Esta lesma tem o corpo arredondado e presenta uma quilha na parte posterior. É de cor acinzentada ou enegrecida, com manchas ou linhas mais escuras; tem o pé de cor esbranquiçada e o seu muco é incolor.

São hermafroditas com fecundação cruzada. Para a cópula penduram-se a um filamento de muco e enroscam os seus genitais que se parecem umas grandes massas esbranquiçadas.

Estas lesmas aparecem na Primavera e no Outono. O seu ciclo de vida é de uns três ou quatro anos.

É bastante agressiva com outras lesmas, sobretudo quando há em grandes densidades.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.