Que espécie é esta: licranço

O leitor Bruno Figueiredo fotografou este réptil em Coimbra a 11 de Abril e pediu ajuda na identificação da espécie. O investigador Luís Ceríaco responde.

“Após encontrar o vosso site, em pesquisa para tentar perceber de que espécie se travam os animais das fotos em anexo, venho por este meio solicitar ajuda no sentido de estar mais informado acerca dos mesmos.Pois foram avistados a “passear-se” pelos jardins do condomínio onde resido, e como habito num R/C não sei se são perigosas ao ponto de ter que tomar alguma medida preventiva ou de captura das mesmas, por parte de entidades competentes”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um licranço (Anguis fragilis).

Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

Este é um lagarto da família dos anguídeos que pode chegar a medir 50 centímetros de comprimento.

Alimenta-se de lesmas, larvas e lagartas e, por isso, é comum ser visto em zonas com erva. São, aliás, benéficos em jardins uma vez que ajudam a controlar pragas de lesmas e de insectos.

São animais diurnos e gostam de se aquecer ao sol.

Ao contrário de mitos populares, o licranço não tem veneno.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.