Foto: António Almeida

Que espécie é esta: maracujá-banana

O leitor António Almeida fotografou uma flor de trepadeira, em Maio passado, e quis saber de que espécie se trata. Carine Azevedo responde.

“Fotografei esta flor de trepadeira num jardim, em Maio deste ano, na cidade da Maia, cujo nome gostaria de saber”, pediu António Almeida, numa mensagem enviada à Wilder.

Trata-se de uma planta do género Passiflora, que pertence à família Passifloraceae. As espécies do género Passiflora são conhecidas popularmente como maracujás, flor-da-paixão ou fruto-da-paixão.

Foto: António Almeida

Espécie identificada e texto por:  Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

A espécie mais conhecida em Portugal deste género é o Maracujá (Passiflora edulis).

A planta da fotografia poderá ser uma de três espécies: Passiflora molissima, Passiflora tripartita ou Passiflora tarminiana, todas nativas da América Central e da América do Sul.

As três espécies são conhecidas como maracujá-banana, são plantas trepadeiras, com gavinhas, que exigem algum tipo de suporte para o seu desenvolvimento e crescimento.

Estas plantas apresentam habitualmente crescimento vigoroso e contínuo, sistema radicular superficial, longo período de floração e frutificação, que se pode prolongar por vários meses do ano. 

As flores são bastante decorativas e atrativas e o fruto é parecido com uma pequena banana, direita e com pontas curvas. 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.