Que espécie é esta: melro-preto

A leitora Gessi Correia fotografou esta ave a 7 de Maio em Portimão e quis saber a que espécie pertence. Gonçalo Elias responde.

“Gostaria de saber que pássaro é esse. Vejo ele sempre no Jardim próximo aonde moro”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um melro-preto (Turdus merula).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“É uma espécie frequente nos parques das nossas vilas e cidades e, por isso, pode ser considerada uma ‘ave de jardim'”, explicou Gonçalo Elias.

Esta ave preta e de bico laranja (no caso dos machos) é comum em Portugal durante todo o ano, onde se pode avistar de Norte a Sul do país, a saltitar nos relvados à caça de minhocas.

O melro tem um dos cantos mais agradáveis que pode ouvir em Portugal, sempre doce e simples. O grito de alarme que emite a voar para longe, quando nos aproximamos demasiado, faz parte da sinfonia de qualquer espaço verde urbano.

Mas na época de nidificação, na Primavera, os melros trazem-nos música com os seus cantos aflautados. Segundo o naturalista britânico Simon Barnes, “os melros definiram, e talvez em parte criaram, a nossa ideia de canto das aves e contribuíram bastante para a maneira como o compreendemos”.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.