Que espécie é esta: Micrommata cf. ligurina

O leitor José Queirós encontrou esta aranha a 22 de Março em Moure, Amarante, e pediu ajuda na identificação. Sérgio Henriques responde.

Trata-se de uma aranha do género Micrommatapossivelmente Micrommata cf. ligurina.

Espécie identificada e texto por: Sérgio Henriques, líder do grupo de especialistas em aranhas e escorpiões da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza) e especialista da Sociedade Zoológica de Londres.

É uma espécie inofensiva que passa completemanente despercebida entre as ervas.

Estes são animais difíceis de ver no seu habitat, mas quando entram em áreas humanizadas sobressaem bastante e são frequentemente registadas. Normalmente, estas aranhas vivem em ervas.

São, no entanto, espetaculares de observar, porque são muito rápidas e excelentes saltadoras.

Se eu fosse recomendar a alguém fazer um documentário de aranhas a caçar em Portugal, recomendaria esta espécie, porque são, de facto, predadores excepcionalmente atléticos.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.