Que espécie é esta: Mineira-de-quatro-bandas

A leitora Rafaella Magalhães fotografou esta abelha a 1 de Setembro de 2021 em São Teotónio, Odemira, e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares responde.

“A nossa viagem a São Teotónio, Costa Vicentina, em Setembro (de 2021) foi mesmo proveitosa. Cada dia era um animal novo que víamos. Aranhas, borboletas, grillos, sapos. E estas lindas abelhas. Quais são?”, perguntou a leitora à Wilder.

Trata-se de uma abelha mineira-de-quatro-bandas (Amegilla quadrifasciata).

Espécie identificada e texto por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é uma fêmea de Amegilla quadrifasciata.

As abelhas mineiras-de-quatro-bandas normalmente “são tipicamente de Verão, voando mesmo no Outono”, explicou Albano Soares.

Podem chegar aos 12 milímetros de comprimento e os machos são semelhantes às fêmeas.

Os seus probóscitos longos permitem-lhes chegar ao néctar de uma boa variedade de flores e as suas patas peludas traseiras facilitam a colheita e o transporte do pólen.

São abelhas solitárias.

As fêmeas põem os seus ovos em ninhos que escavam elas próprias no solo. Os adultos emergem em Março.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.