Que espécie é esta: mosca da subfamília Asilinae

A leitora Sofia Rodrigues fotografou este insecto a 31 de Maio no seu jardim em Sesimbra e pediu ajuda na identificação. Rui Andrade responde.

Trata-se de uma mosca da família Asilidae e subfamília Asilinae.

Espécie identificada e texto por: Rui Andrade, dinamizador do grupo Diptera em Portugal no Facebook.

Uma identificação mais específica é difícil uma vez que este grupo de moscas é muito diverso na Península Ibérica e ainda se sabe pouco sobre as espécies que existem cá.

Os asilídeos são insectos predadores, tanto na fase adulta como larvar. As larvas vivem no solo e madeira morta e alimentam-se das larvas de outros insectos. 

Os adultos capturam geralmente as presas em pleno voo, usando as poderosas patas para as segurar e injectando de seguida, através do probóscide, uma secreção que contém neurotoxinas e enzimas digestivas que matam e dissolvem a presa. 

No entanto, apesar do aspecto ameaçador, estas moscas são completamente inofensivas para as pessoas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.