Que espécie é esta: mosca das flores

O leitor Hugo Almeida fotografou este insecto a 29 de Agosto e quis saber qual a espécie a que pertence. Albano Soares responde.

“Encontro com alguma frequência este insecto que come as folhas tenras de algumas árvores. Sou técnico ambiental de profissão e um curioso por natureza. Só queria saber se se trata de uma espécie invasora ou de alguma forma nociva”, escreveu o leitor à Wilder. 

Trata-se de uma mosca das flores (Syrphidae) do género Volucella.

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Estas moscas, conhecidas por moscas das flores, são grandes polinizadoras. Normalmente são encontradas junto a flores, das quais os adultos dependem para se alimentar do néctar e do pólen.

As larvas das moscas Syrphidae podem alimentar-se de plantas e animais em decomposição e de afídios e de outros insectos que parasitam e sugam a seiva das plantas. Por isso, estas moscas são um importante meio ecológico de pragas agrícolas.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


Já que está aqui…

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Com a ajuda das ilustrações de Marco Nunes Correia, poderá identificar as aves mais comuns nos jardins portugueses. O calendário Wilder de 2021 tem assinalados os dias mais importantes para a natureza e biodiversidade, em Portugal e no mundo. É impresso na vila da Benedita, no centro do país, em papel reciclado.

Marco Nunes Correia é ilustrador científico, especializado no desenho de aves. Tem em mãos dois guias de aves selvagens e é professor de desenho e ilustração.

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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.