Que espécie é esta: mosca das flores Milesia crabroniformis

A leitora Sílvia Carvalho encontrou este insecto neste mês de Agosto na zona de Castelo Branco e pediu ajuda para saber qual a espécie. Albano Soares responde. 

“De tarde, e pela primeira vez, avistei este inseto que nunca tinha visto. Encontrei-o na zona de Castelo Branco, mais propriamente numa aldeia perto de Idanha-a-Nova em pleno mês de agosto. Será que me podem dizer do que se trata?”, escreveu a leitora à Wilder. 

Trata-se de uma mosca das flores (Syrphidae), Milesia crabroniformis.

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta mosca pode confundir-se com uma vespa. Mas difere pelo facto de só ter um par de asas, em vez de dois, e por ter os olhos mais globulares e as antenas mais curtas.

Estas moscas, conhecidas por moscas das flores, são grandes polinizadoras. Normalmente são encontradas junto a flores, das quais os adultos dependem para se alimentar do néctar e do pólen.

As larvas das moscas Syrphidae, que vivem em cavidades de árvores com água, podem alimentar-se de plantas e animais em decomposição – que assim também aceleram – e de afídios e de outros insectos que parasitam e sugam a seiva das plantas. Por isso, estas moscas são um importante meio ecológico de pragas agrícolas. 


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.