Que espécie é esta: mosca do género Physocephala

A leitora Fernanda Coimbra observou este insecto a 3 de Maio de 2020 em Viana do Castelo e pediu ajuda na identificação. Rui Andrade responde.

Trata-se de uma mosca do género Physocephala.

Espécie identificada e texto por: Rui Andrade, dinamizador do grupo Diptera em Portugal no Facebook.

É uma Physocephala do grupo vittata (grupo que inclui P. vittata e espécies aparentadas), mas não se vêem muitos detalhes e o ângulo não é o ideal para ter a certeza da espécie. Mas P. vittata será a espécie mais provável.

Nestas moscas, os adultos apresentam um probóscide longo que usam para alcançar o néctar de que se alimentam.

As fêmeas de Physocephala atacam os seus hospedeiros enquanto estes visitam flores ou em voo, inserindo um ovo no seu abdómen. A larva desenvolve-se no interior do hospedeiro, alimentando-se inicialmente da hemolinfa e mais tarde dos órgãos internos.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.