Que espécie é esta: mosca-grua do género Nephrotoma

A leitora Teresa Ribeiro observou este insecto a 10 de Junho em São Cosme, Gondomar, e pediu ajuda na identificação. Rui Andrade responde.

“Gostava de saber qual é a espécie deste bichinho, encontrado no chão da varanda em São Cosme Gondomar”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma mosca-grua do género Nephrotoma.

Espécie identificada e texto por: Rui Andrade, dinamizador do grupo Diptera em Portugal no Facebook.

É uma mosca-grua do género Nephrotoma (família Tipulidae), com a característica coloração amarela e preta. Infelizmente identificar a espécie é mais difícil.

Os adultos do género Nephrotoma apresentam geralmente um padrão amarelo e preto, mimetizando assim o aspecto das vespas. Como muitos predadores evitam atacar vespas devido à sua toxicidade, as Nephrotoma ganham desta forma alguma protecção.

Os adultos de Nephrotoma alimentam-se de néctar das flores, enquanto que as larvas são terrestres, e podem ser encontradas no solo, excrementos e madeira em decomposição.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.