Que espécie é esta: noitibó-europeu

O leitor António Dias observou esta ave a 28 de Setembro na Mealhada e quis saber qual a espécie. Gonçalo Elias responde.

“Encontrei esta ave morta de manhã, no chão do pomar. Agradecia a identificação”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de um noitibó-europeu (Caprimulgus europaeus).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“Esta é uma ave de hábitos nocturnos e que passa o dia em repouso”, explicou Gonçalo Elias.

Noitibó-europeu. Foto: P. Taszynski/WikiCommons

O noitibó-europeu, uma ave misteriosa e fascinante segundo o portal Aves de Portugal, tem hábitos crepusculares e sai para caçar depois do pôr-do-Sol.

É uma ave de plumagem predominantemente cinzenta e castanha, com asas e cauda longa, que ocorre principalmente a Norte do rio Tejo. Tem uma envergadura de asa que pode chegar aos 59 centímetros.

“Embora não possa ser considerado abundante, é relativamente comum em certas zonas, principalmente na confluência de zonas florestais com terrenos mais abertos.”

Em Portugal, esta espécie está classificada com estatuto de Vulnerável.

No nosso país há duas espécies de noitibós. Além do noitibó-europeu ocorre também o noitibó-de-nuca-vermelha (Caprimulgus ruficollis).


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.