Que espécie é esta: ooteca de louva-a-deus-comum

A leitora Patrícia Ventura fotografou esta estrutura em Ruivães, Vila Nova de Famalicão, a 19 de Janeiro e pediu ajuda para saber a espécie. Albano Soares responde.

“Estávamos a arrumar as plantas no jardim e encontrei o que aparece nas fotos em anexo colado a uma estaca ferrugenta. Não faço ideia do que pode ser, podem ajudar?”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma ooteca de louva-a-deus-comum (Mantis religiosa).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

A ooteca “é onde estão os ovos” do louva-a-deus-comum, explicou Albano Soares.

Esta estrutura é uma espécie de estojo que a mãe louva-a-deus segrega no momento da postura, que encerra os ovos e os protege enquanto não eclodem. Da ooteca sairão as ninfas de louva-deus, pequenas miniaturas dos adultos.

Normalmente as ootecas encontram-se debaixo de pedras ou em troncos.

Mantis religiosa é uma das espécies mais comuns de louva-deus da nossa fauna. Estes insectos reconhecem-se pelas patas anteriores adaptadas à caça, que também lhes dão o nome comum, já que parece que estão a rezar.

Adulto de louva-a-deus-comum. Foto: Nicolas Weghaupt/WikiCommons

Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.