osga sobre o que parece ser um muro ou parede
Osga-comum (Tarentola mauritanica). Foto: Kolforn/Wiki Commons

Que espécie é esta: osga-comum

Lara Broom fotografou um pequeno animal, no estore de uma janela, e pediu ajuda na identificação. O investigador Luís Ceríaco responde.

 

“Poderiam-me dizer qual o nome desta espécie?”, pediu Lara Broom, no final de Agosto, depois de encontrar um pequeno réptil, perto da Biscaia (Alcabideche).

 

Osga-comum (Tarentola mauritanica). Foto: Lara Broom

 

Trata-se de uma osga-comum, também conhecida por osga-moura, que tem o nome científico de Tarentola mauritanica.

Espécie identificada por: Luís Ceríaco, especialista em répteis e investigador do Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto.

A osga-comum é uma espécie que se pode encontrar na Europa, mais especificamente na Bacia do Mediterrâneo e nalgumas zonas costeiras, e no Norte de África.

 

osga sobre o que parece ser um muro ou parede
Osga-comum (Tarentola mauritanica). Foto: Kolforn/Wiki Commons

 

Em Portugal, está espalhada praticamente por todo o território continental – em especial no Algarve, junto à fronteira com Espanha, e ainda na área de Lisboa e na Península de Setúbal, detalha o Atlas dos Anfíbios e Répteis de Portugal. Também se encontra na Madeira, onde foi introduzida.

Este pequeno réptil pode ser encontrado em rochas, muros e locais pedregosos ou troncos de árvores, mas também é frequente junto a habitações.

Apesar das tradições populares que afirmam tratar-se de um animal venenoso, isso não é verdade. Bem pelo contrário, pois estes animais são benéficos em ambientes fechados, pois alimentam-se de insectos.

A União Internacional para a Conservação da Natureza classifica esta espécie como Pouco Preocupante no que respeita à sua conservação. No entanto, considera que pode estar ameaçada no Egipto, onde osgas têm sido capturadas para serem vendidas para outros países como animais de estimação.

 

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

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Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.