Que espécie é esta: papa-figos

A leitora Ana Roque Martins fotografou esta ave em Agosto, depois de a ter encontrado na serra da Arrábida sem voar, e quis saber qual a espécie. Gonçalo Elias responde.

“Foi encontrada na serra da Arrábida, não está ferida mas não voa. É um papa-figos fêmea?”, perguntou a leitora à Wilder.

Trata-se de um papa-figos (Oriolus oriolus).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“Sim, é um papa-figos, fêmea ou juvenil. Se não voa, sugiro o envio para um centro de recuperação”, disse Gonçalo Elias.

Segundo o portal Aves de Portugal, as fêmeas são mais esverdeadas do que os machos, que têm a cabeça e o dorso amarelos, asas pretas e bico vermelho.

“Apesar de raramente pousar à vista, o papa-figos faz ouvir com frequência o seu canto aflautado, sendo este muitas vezes o primeiro sinal da sua presença”, segundo o Aves de Portugal.

O papa-figos é um visitante estival. Os machos ouvem-se a partir do final de Abril ou início de Maio. Esta ave parte para África, onde vai passar os meses mais frios do ano, em Agosto.

Esta espécie tem um estatuto de conservação Pouco Preocupante em Portugal.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.