Que espécie é esta: peneireiro-comum

A leitora Manuela Lapa fotografou esta ave a 22 de Janeiro em Aveiro e quis saber qual a espécie. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.

“Esta ave tem vindo ultimamente para junto da minha casa em Aveiro. Que espécie é?”, perguntou a leitora à Wilder. 

Trata-se de um peneireiro-comum (Falco tinnunculus).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“Esta ave é um peneireiro (Falco tinnunculus), que é o mais comum dos falcões portugueses. Ocorre um pouco por todo o território continental e também no arquipélago da Madeira”, explicou Gonçalo Elias. É residente, o que significa que podemos observá-lo durante todo o ano. 

“É um falcão bastante regular em ambientes urbanos, facilmente reconhecível pela sua capacidade de pairar enquanto procura as suas presas”, segundo o portal Aves de Portugal.

Segundo este portal, o peneireiro-comum é um falcão de tamanho médio. As suas asas são pontiagudas, a cauda comprida e o bico curto e forte, típicos da maioria das espécies deste grupo.

“Um dos primeiros guias de identificação que tive era em francês e chamava a esta espécie “le rapace du bord des routes” (a rapina da beira da estrada), uma referência ao hábito que esta espécie tem de pousar em postes e cabos ao longo das estradas”, acrescentou Gonçalo Elias.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.