Que espécie é esta: percevejo da família Pentatomidae

A leitora Tereza Guerreiro fotografou este insecto em Montemor-o-Novo a 27 de Maio e quis saber qual a espécie a que pertence. Rui Félix responde.

Trata-se de um percevejo da família Pentatomidae.

Espécie identificada e texto por: Rui Félix, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Não arrisco a espécie em causa, visto tratar-se de uma ninfa e o conhecimento ainda não estar muito aprofundado nas formas imaturas destes percevejos.

Na fotografia podemos visualizar uma ninfa, ou seja, uma forma imatura de um percevejo da família Pentatomidae. As formas imaturas desta família de percevejos apresenta formas e padrões muito variáveis, o que pode dificultar a sua correta identificação.

Os percevejos – tal como outros insetos que, durante o seu ciclo de vida, se desenvolvem através um processo incompleto de metamorfose, Hemimetabolismo – apresentam formas imaturas denominadas de ninfas, morfologicamente muito semelhantes à forma adulta, da qual difere por não apresentarem as asas desenvolvidas.

Neste tipo de metamorfose, do ovo eclode uma ninfa (forma imatura), a qual se vai desenvolver através de uma série de mudas, passando o inseto por uma série de transformações, originando após a última transformação a forma adulta, ou imago. 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.