Pica-pau-verde (Picus sharpei). Foto: Luis García/WikiCommons

Que espécie é esta: pica-pau-verde

A leitora Eva Vieira fotografou esta ave a 11 de Março em Nogueira, Viana do Castelo, e quis saber qual a espécie. Gonçalo Elias dá-lhe a identificação.

“A ave não está muito perceptível pois estava longe, mas quando voou apresentava o lombo amarelo. A cabeça é meia alaranjada e o porte diria quase do tamanho de uma garça ou ligeiramente mais pequena que o corvo”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um pica-pau-verde (Picus sharpei).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

A foto da ave tem pouca definição, mas eu diria que se trata de um pica-pau-verde Picus sharpei. A cabeça avermelhada e a indicação do “lombo amarelo” são condizentes com essa espécie.

Esta espécie (ainda) aparece em alguns guias de campo como Picus viridis, mas recentemente as populações ibéricas foram separadas das restantes e agora têm o estatuto de espécie. Agora dão pelo nome de Picus sharpei.

O pica-pau-verde é o maior dos nossos pica-paus e também pode ser conhecido como peto-verde ou peto-real, explica o portal Aves de Portugal.

Tem o corpo verde, coroa vermelha e um voo ondulado.

Pode ser visto por todo o território em qualquer zona densamente florestada, especialmente em pinhais.

Podemos vê-lo durante todo o ano, dado ser uma espécie residente.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.


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Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.