Que espécie é esta: pirilampo-grande-das-lunetas

A leitora Ana Oliveira encontrou este insecto em Lordelo (Baião), a 20 de Abril, e pediu ajuda para identificar a espécie. Eva Monteiro responde.

Trata-se da espécie pirilampo-grande-das-lunetas (Lamprohiza paulinoi).

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Que sorte! Na fotografia vêem-se duas fêmeas do pirilampo-grande-das-lunetas (Lamprohiza paulinoi), uma espécie endémica da Península Ibérica.

Como todos os pirilampos da nossa fauna, as fêmeas não voam e emitem a sua luz a partir do solo para atrair os machos para a reprodução. 

Os pirilampos são escaravelhos (Ordem Coleoptera) pertencentes à família Lampyridae que têm a capacidade da bioluminescência, ou seja, a produção de luz criada por uma reacção química que se dá no interior de um ser vivo, uma capacidade muito rara entre os animais do meio terrestre.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.