Que espécie é esta: rã-ibérica

A leitora Izabel Santos encontrou este anfíbio a 14 de Novembro na Serra do Caramulo e pediu ajuda para saber a espécie. Rui Rebelo responde.

“Encontrei na serra do Caramulo a rã das fotografias em anexo. Nunca tinha visto nenhuma assim e não encontro em sítio nenhum algo parecido. Agradeço a ajuda pois tenho curiosidade no assunto”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de uma rã-ibérica (Rana iberica).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Sim, esta é uma observação pouco frequente! Trata-se da rã-ibérica, Rana iberica.

Esta rã está muito associada a ribeiras de montanha e é mais difícil de ver que a rã-verde-comum.

Só existe em Portugal e Espanha e é fácil de distinguir da outra espécie de rã que existe em Portugal porque todos os exemplares têm um “losango” castanho atrás do olho, que se prolonga até ao fim da boca.

Vive muito mais em terra (nas margens dos tais ribeiros) do que a rã-verde comum.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.