Que espécie é esta: rã-verde

A leitora Isabel Santos fotografou estas rãs em Abril em Barcelos e pediu para saber a que espécie pertencem. Rui Rebelo responde.

“No mês de Abril encontrei em Barcelos dois seres vivos que penso serem da espécie rã-verde (mãe e cria). Agradeço dese já a vossa atenção para a identificação das imagens em anexo”, escreveu a leitora à Wilder.

Tratam-se de rãs-verdes (Pelophylax perezi)

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

A fotografia é de uma rã-verde que, até há pouco tempo, tinha como nome científico Rana perezi, e actualmente se chama Pelophylax perezi

Trata-se mesmo de duas rãs-verdes (Pelophylax perezi). Já serem uma mãe e cria… é muito duvidoso.

As rãs-verdes não cuidam dos seus girinos. O animal mais pequeno pode ser um juvenil, mas também já pode ser um adulto (não é possível perceber pela escala).

Esta espécie tem uma coloração muito variável e pode ser confundida com outras. Mas todos os indivíduos têm duas pregas de pele longitudinais que vão desde o olho até à inserção da pata posterior. 

A rã-verde está presente em todo o território português, admitindo-se que seja o anfíbio mais comum em Portugal. Ocorre em toda a Península Ibérica, podendo ser observada pelo menos até ao Sul de França.

Este anfíbio atinge facilmente 7,5 cm, podendo chegar aos 10 cm de comprimento.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.