Que espécie é esta: selo-de-salomão

A leitora Teresa Ribeiro pediu a identificação desta flor que observou na Ecovia do Vez a 2 de Abril. Carine Azevedo responde.

“Em caminhada na ecovia do Vez vi esta planta que me chamou atenção mas desconheço. Agradeço a disponibilidade e atenção dispensada para as fotos seguintes”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se do selo-de-salomão (Polygonatum odoratum).

Espécie identificada e texto por: Carine Azevedo, consultora na gestão de património vegetal ao nível da reabilitação, conservação e segurança de espécies vegetais e de avaliação fitossanitária e de risco. Dedica-se também à comunicação de ciência para partilhar os pormenores fantásticos da vida das plantas.

Trata-se do selo-de-salomão (Polygonatum odoratum), uma espécie da família Asparagaceae.

O selo-de-salomão é uma espécie Euro-asiática, nativa em Portugal continental, e que facilmente se encontra dispersa nas regiões do norte e centro do país, sobretudo em locais húmidos e sombrios.

É uma planta herbácea, perene, rizomatosa, com caules simples e geralmente arqueados. 

As folhas são simples, elípticas a lanceoladas, verdes, brilhantes e sésseis ou com pecíolo muito curto. 

A floração ocorre de março a julho. As flores surgem pendentes, na axila das folhas, isoladas ou duas a duas. São tubulares – em forma de sino, perfumadas e branco-creme. A ponta das flores é geralmente esverdeada.

O fruto é uma baga, verde na fase inicial e azul-escura quando madura.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.