Que espécie é esta: sugador-de-pinhas

A leitora Teresa Ribeiro fotografou este insecto a 16 de Setembro em Gondomar e perguntou que espécie é esta. Rui Félix responde.

Trata-se de um percevejo sugador-de-pinhas (Leptoglossus occidentalis).

Espécie identificada e texto por: Rui Félix, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Trata-se de um Leptoglossus occidentalis, um percevejo mais conhecido por sugador-de-pinhas, o qual pertence à família Coreidae.

Leptoglossus occidentalis é uma espécie exótica originária da América do Norte, a qual foi detectada em Portugal desde 2010 (Grosso-Silva, 2010; Sousa & Naves, 2011). 

Na sua região de origem e na Europa L. occidentalis afeta várias espécies de coníferas, em particular os géneros Pinus, Picea, Abies, Cedrus, Juniperus, e Pseudotsuga, assim como Pistacia (AFN, 2012; Sousa et al., 2012). 

Atualmente parece distribuir-se de norte a sul do país, tendo em conta as detecções realizadas após 2010 em povoamentos de pinheiro manso, pinheiro bravo e mistos.

No entanto, ainda não se comprovou que a espécie afeta os pinhões de pinheiro-manso de maneira a originar declínios na sua produção.

Para mais informações sobre esta espécie, pode ainda consultar esta página e esta também.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.