Que espécie é esta: taralhão

A leitora Lurdes Alves fotografou este animal a 29 de Junho na Foz do Arelho e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Calado responde.

“Encontrámos este tipo de bivalve no dia 29 de Junho de 2021, na Foz do Arelho, mas não conseguimos identificar nem saber se seria comestível ou não. Após fotografar, deixámos no mesmo local, apesar de entretanto ter sido rodeada de caranguejos pequenos. Já tínhamos também visto uma sapateira a comer um outro bivalve igual”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se de um taralhão (Lutraria lutraria).

Espécie identificada por: Gonçalo Calado, biólogo e professor da Universidade Lusófona.

Este é um grande bivalve marinho da família Mactridae, descrito para a Ciência em 1758 por Carl Linnaeus. Vive em regiões costeiras do oceano Atlântico, desde a Noruega até ao Mar Mediterrâneo, enterrado na areia.

A concha do taralhão pode chegar aos 15 centímetros e é de cor creme.

Alimenta-se filtrando a água do mar.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.