Que espécie é esta: toutinegra-do-mato

O leitor Manuel Silveira fotografou esta ave a 24 de Junho no Vale do Rossim, Serra da Estrela, e quis saber qual a espécie. Gonçalo Elias responde.

“Fotografei esta ave no dia 24-6-2022 perto do Vale do Rossim na Serra da Estrela. Parece-me ser da família das tourinegras mas não consigo saber qual. Agradeço a vossa opinião. Ambas as fotos são da mesma ave”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se de uma toutinegra-do-mato (Curruca undata).

Espécie identificada por: Gonçalo Elias, responsável pelo portal Aves de Portugal.

“É uma toutinegra-do-mato Curruca undata, juvenil. Esta espécie é frequente em matagais em zonas de altitude”, explicou Gonçalo Elias.

A toutinegra-do-mato é uma pequena ave – na verdade, é uma das mais pequenas toutinegras – que se alimenta de insectos e vive em zonas de matos e arbustos.

Tem uma auréola vermelha em torno do olho e as penas cinzentas e de um vermelho escuro.

“O seu voo é ondulado, como se fosse bastante esforçado, com a sua cauda comprida a contrastar com o corpo diminuto”, segundo o portal Aves de Portugal.

Esta toutinegra é uma espécie residente e pode ser encontrada ao longo de todo o ano. Ainda assim, segundo o portal Aves de Portugal, é “mais fácil de detectar durante a Primavera, altura em que a actividade vocal se torna mais intensa”.

Tem estatuto de conservação Pouco Preocupante em Portugal.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.