Que espécie é esta: tritão-marmoreado-pigmeu

A leitora Rosário Gordalina encontrou este anfíbio a 12 de Fevereiro em Aljezur e pediu para saber a que espécie pertence. Rui Rebelo responde.

“Encontrei este tritão em zona de pinhal e a uns 20m de uma charca no lugar de Corte de Sobro, freguesia de Aljezur, Aljezur, Faro. Estava muito pouco reactivo à aproximação, embora não parecesse apresentar qualquer lesão, pelo que o coloquei de novo na beira da charca. Trata-se de um tritão-marmoreado-pigmeu (Triturus pygmaeus) ou de um tritão-marmoreado (Triturus marmoratus)? Fêmea ou macho?”, perguntou a leitora à Wilder.

Trata-se de um tritão marmoreado pigmeu (Triturus marmoratus pygmaeus).

Espécie identificada e texto por: Rui Rebelo, investigador da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.

Este tritão está na fase terrestre – a pele tem um aspecto “seco” e parece uma fêmea. Mas para ter a certeza teria de ter uma foto da face ventral. Na fase terrestre não é muito fácil a distinção entre os sexos.

A sul do Rio Tejo todos os tritões marmoreados são desta subespécie (o pigmeu). A norte do Tejo já é mais complicado, porque há zonas onde as duas subespécies se encontram (e cruzam; por isso mantêm o estatuto de subespécie).



Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.