Que espécie é esta: veleiro

A leitora Filipa Ribeiro fotografou esta espécie a 16 de Agosto na praia das Aroeiras, e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Calado responde.

 

 

Trata-se de uma medusa veleiro (Velella velella).

Espécie identificada por: Gonçalo Calado, biólogo e investigador associado do Instituto Português de Malacologia (IPM).

Esta é uma medusa Velella velella já bastante seca, explica o investigador.

A espécie Velella velella, conhecida como “Veleiro” devido à forma que tem, é uma das medusas mais comum na costa continental portuguesa. Em 2019 esteve mesmo entre as três medusas mais avistadas em praias do Continente, de acordo com dados recolhidos pelo Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), no âmbito do projecto de ciência cidadã GelAVista.

De acordo com o IPMA, a medusa veleiro “é uma “espécie de ocorrência comum e os seus tentáculos são pequenos e ligeiramente urticantes”, acrescenta o instituto, que aconselha a que se evite o contacto directo com estes organismos. Isto “de forma a evitar potenciais reações alérgicas, em caso de maior sensibilidade”.

Ainda assim, “não havendo evidências de queimaduras ou problemas de saúde associados, [esta medusa] é considerada inofensiva”.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.