Que espécie é esta: verme poliqueta barroeira

O leitor Rui Lopes fotografou esta formação e este animal a 23 de Julho na praia da Granja, Vila Nova de Gaia, e pediu ajuda na identificação. Gonçalo Calado responde.

“Adoraria poder contar com o vosso apoio para identificar esta espécie. Já agora, como é formado o recife da imagem?”, escreveu o leitor à Wilder.

Trata-se do verme poliqueta barroeira (Sabellaria alveolata).

Espécie identificada e texto por: Gonçalo Calado, professor da Universidade Lusófona. 

Este verme poliqueta é parecida às minhocas da pesca.

Forma autênticos recifes, pois faz galerias através da cimentação de grão de areia. 

Está sempre na interface entre a rocha e a areia em zonas de algum hidrodinamismo, que possibilite que os grãos de areia fiquem suspensos na coluna de água por algum tempo. 

Em algumas praias do norte de Portugal são estruturas impressionantes. Pode ler aqui mais sobre esta espécie.


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.