Que espécie é esta: vespa-do-papel

O leitor Francisco Teixeira fotografou esta vespa em Muge, Salvaterra de Magos, a 21 de Fevereiro e quis saber a espécie. Albano Soares responde.

“Estas vespas estão a construir um favo no meu terraço, devo eliminar o favo?”, perguntou o leitor à Wilder.

Trata-se de uma vespa do papel (Polistes sp).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é uma vespa do papel, uma espécie muito comum no nosso país.

Estas vespas são insectos sociais.

Se forem incomodadas podem atacar com uma ferroada dolorosa. Mas são, geralmente, inofensivas.

Quanto a eliminar o favo, isso “depende do tamanho do terraço. Se tiverem espaço para que ninguém se encoste à planta ou faça movimentos bruscos a meio metro não é necessário a eliminação pois elas não atacam a não ser que se sintam incomodadas. A título de exemplo; tive uma colónia numa pequena varanda onde costumava fumar (nos tempos em que ainda fumava) e estava a menos de um metro delas.. . . Mesmo com o fumo nunca me atacaram.. . . Mas sei que nem sempre é assim”, explicou Albano Soares. 


Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.