Que espécie é esta: vespa-europeia

A leitora Maria Silva encontrou esta vespa a 16 de Outubro na Baleeira, Tavira, e pediu para saber qual é a espécie. Albano Soares responde.

“Gostaria de saber que vespa é esta. Ultimamente têm aparecido algumas à noite junto de luzes, aqui no sitio da Baleeira, próximo de Tavira”, escreveu a leitora à Wilder.

Trata-se da vespa-europeia (Vespa crabro).

Espécie identificada por: Albano Soares, Rede de Estações da BiodiversidadeTagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Esta é “a nossa” vespa, uma espécie autóctone. Ou seja, “pertence à nossa fauna. Consequentemente evoluiu no nosso território onde pertence aos ecossistemas, desempenhando um papel importantíssimo no controlo de outras espécies”, explicou Albano Soares.

“É um predador, por isso também preda abelhas domésticas, mas evoluiu no mesmo ecossistema. Assim, as abelhas reconhecem-na como predadora e o impacto é mínimo.”

Segundo Albano Soares, a principal diferença entre a Vespa crabro e a Vespa velutina (conhecida como vespa asiática) “são os segmentos abdominais: quase todos negros na Vespa velutina. Na Vespa crabro só os primeiros são quase inteiramente negros”.


Agora é a sua vez.

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Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.