Que espécie é esta: vespa-mamute

A leitora Delminda Oliveira fotografou um insecto diferente a 18 de Julho e pediu ajuda para saber a espécie. Eva Monteiro responde.

 

“Encontrei este inseto numa alcachofra. Gostaria que o identificassem”, pediu Delminda Oliveira, sobre a fotografia tirada durante uma caminhada na zona de Maiorca, Figueira da Foz.

O insecto que Delminda Oliveira observou é a vespa-mamute (Megascolia maculata).

 

 

Espécie identificada e texto por: Eva Monteiro, Rede de Estações da Biodiversidade, Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal.

Como seu nome comum indica, esta vespa é a maior vespa da Europa. As fêmeas (na foto) podem chegar atingir os 6 centímetros de comprimento. Apesar do aspecto é praticamente inofensiva para os humanos.

Tem um ciclo de vida muito curioso: as fêmeas caçam as larvas do escaravelho-rinoceronte e depois de as levarem para o ninho colocam o ovo debaixo da pele da larva viva, mas paralisada. Quando a larva da vespa-mamute eclode, alimenta-se da larva do escaravelho até completar o seu desenvolvimento.

Estas vespas são muitas vezes confundidas com a vespa-asiática. Saiba mais sobre esse problema aqui.

 

[divider type=”thin”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie-nos para o nosso email a fotografia, a data e o local. No caso de plantas, deve enviar fotos de pormenor das folhas, frutos e flores (se houver), se possível também tiradas contra o céu. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.