Vinagreira (Aplasia fasciata). Foto: Cisamarc/WikiCommons

Que espécie é esta: vinagreira

A leitora Tânia Marques fotografou esta espécie a 30 de Julho na Marina de Oeiras, e quis saber qual o seu nome. A equipa do GelÀVista dá-lhe a identificação.

 

“A 30 de Julho observei uma espécie aquática que desconheço e gostaria de saber mais sobre ela”, escreveu Tânia Marques.

Ver aqui o vídeo captado pela leitora.

Tratar-se-á de uma vinagreira ou lesma-do-mar (Aplysia fasciata).

Espécie identificada por: Equipa do GelAVista, do Grupo de Oceanografia e Plâncton do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

Esta é um molusco gastrópode (Opistobrânquio) muito comum em Portugal durante os meses de verão e na zona entre-marés em povoamentos de algas e de zostera. São herbívoros.

Estes animais costumam deslocar-se sobre o fundo mas, como se vê no vídeo, também podem nadar utilizando os parapódios como barbatanas. São de grandes dimensões, podendo atingir 40 cm de comprimento. Quando em stress ou por contacto podem libertar, como mecanismo de defesa, um líquido de cor violeta que não é venenoso.

 

[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.

Encontrou um animal ou planta que não sabe a que espécie pertence? Envie para o nosso email a fotografia, a data e o local. Trabalhamos com uma equipa de especialistas que o vão ajudar.

Explore a série “Que espécie é esta?” e descubra quais as espécies que já foram identificadas, com a ajuda dos especialistas.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.