Lince-ibérico, cria. Foto: Programa Ex-situ (arquivo)

Agentes ambientais ajudam cria de lince-ibérico “em apuros”

Técnicos da Junta de Castela-La Mancha resgataram uma cria de lince-ibérico que terá sido aparentemente abandonada pela sua mãe na natureza.

 

A cria foi encontrada no domingo passado por um cidadão que avisou as autoridades de conservação da natureza. Agentes ambientais deslocaram-se ao local e comprovaram que a cria estava bem de saúde, ainda que as condições meteorológicas naquele dia fossem bastante adversas.

 

https://twitter.com/DSostenibleCLM/status/1252883309459357696

 

Depois de consultar telefonicamente técnicos e veterinários, os agentes localizaram o abrigo onde provavelmente esta cria teria nascido para que a mãe, que é primeiriça, pudesse continuar a cuidar dela com normalidade, segundo a agência de notícias espanhola EFE.

Uma vez a cria devolvida ao abrigo, os agentes e técnicos da Junta de Castela-La Mancha iniciaram um seguimento especial que permitiu comprovar, posteriormente, que a mãe estava a cuidar bem da sua cria.

Este seguimento vai continuar durante todo o período em que a cria precisar de cuidados maternais.

A Junta salientou a importância da colaboração dos cidadãos para conseguir recuperar as populações de lince-ibérico.

Em 2019 terão nascido na natureza em Castela-La Mancha 104 crias de lince-ibérico. A reintrodução da espécie nesta região de Espanha começou em 2014, mais especificamente nos Montes de Toledo e na Serra Morena Oriental.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.