Serra da Estrela. Foto: Paulo Juntas/Wiki Commons

Aprovada candidatura da Serra da Estrela a Geopark Mundial da UNESCO

A decisão foi tomada na 4ª Sessão do Conselho de Geoparks Mundiais da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), que decorreu até 2 de Setembro na Indonésia.

“Esta decisão terá agora de ser ratificada pelo conselho executivo da UNESCO na Primavera de 2020, altura a partir da qual a Estrela integra a lista de Geoparks Mundiais”, explica a Associação Geopark Estrela numa nota divulgada ontem.

Segundo a associação, “este é o passo mais importante de todo o processo de avaliação, iniciado em 2017 com a entrega do dossier de candidatura”.

Joaquim Brigas, presidente da associação, considera que este “é o reconhecimento do potencial geológico do território e do seu património natural e cultural e, nessa medida, um primeiro passo para o desenvolvimento sustentável de toda a região da Serra da Estrela”, noticiou a agência Lusa, citada pelo jornal Público.

“Pretendemos dar resposta às necessidades que precisam de ser colmatadas para conseguirmos manter a área da Serra da Estrela protegida e fazermos um bom uso dos recursos disponíveis”, acrescentou Joaquim Brigas.

A candidatura do Geopark Estrela envolve os municípios de Belmonte, Celorico da Beira, Covilhã, Fornos de Algodres, Gouveia, Guarda, Manteigas, Oliveira do Hospital e Seia, mas também o Instituto Politécnico da Guarda e a Universidade da Beira Interior.

Actualmente existem 147 Geoparks Mundiais da UNESCO em 41 países. Portugal tem, até agora, quatro Geoparks nesta lista: Açores, Arouca, Naturtejo da Meseta Meridional e Terras de Cavaleiros.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.