caminho por uma floresta

Aprovados 8,5 milhões de euros para prevenção de incêndios em áreas protegidas

A estratégia de prevenção de incêndios em áreas protegidas portuguesas vai receber 8,5 milhões de euros durante três anos e será alargada a oito novos parques e reservas.

 

O anúncio foi feito ontem, 25 de Outubro, por João Pedro Matos Fernandes, ministro do Ambiente e da Transição Energética no Conselho de Ministros dedicado à Floresta, em Mafra.

O que vai acontecer é que serão replicados os modelos de prevenção de incêndios já testados no Parque Nacional da Peneda-Gerês (desde 2016) e no Douro Internacional, Montesinho, Tejo e Ródão e na Malcata (desde 2017).

Assim, a terceira geração de projectos de prevenção estrutural vai alargar-se aos parques naturais da Serra de São Mamede, das Serras de Aire e Candeeiros, do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, da Arrábida e da Ria Formosa. A Reserva Natural das Lagoas de Sancha e Santo André e as paisagens protegidas da Serra do Açor e da Arriba Fóssil da Costa da Caparica são as outras zonas abrangidas, segundo um comunicado oficial.

Os 8,5 milhões de euros serão usados para “recuperar os ecossistemas de áreas ardidas e reforçar os meios humanos e meios materiais para a prevenção estrutural, o primeiro combate a incêndios e o seu rescaldo”, explica o comunicado.

Segundo Matos Fernandes, trata-se de fazer “prevenção estrutural contra incêndios que, numa área protegida, é muito mais do que limpar mato e linhas de defesa primária numa área protegida. É recuperar habitats originais, alguns deles que estavam muito dependentes para a riqueza da sua biodiversidade da própria presença da atividade humana e agro-silvo-pastoril”.

Na opinião do ministro, o resultado dos dois primeiros anos foi “excepcional” e sublinhou que “a área ardida nas cinco áreas protegidas em que o projeto foi executado teve uma redução de 98%”.

Nos primeiros cinco projetos foram contratados 75 agentes do Corpo Nacional de Agentes Florestais. Agora, com as novas áreas, serão incorporados mais 45 elementos.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.