A Comissão Europeia lançou ontem uma consulta pública para pedir aos cidadãos sugestões sobre como travar o declínio de abelhas, borboletas e outros insectos polinizadores. As ideias podem ser enviadas até 5 de Abril.
Em Portugal não se sabe ao certo quantas espécies de polinizadores existem. Serão mais de mil. Abelhas, abelhões, borboletas, escaravelhos, formigas e vespas são apenas alguns dos animais sem os quais não podemos viver.
Na União Europeia, o valor das espécies selvagens de abelhas, borboletas e outros insectos polinizadores está estimado em 15 mil milhões de euros por ano, só para as culturas agrícolas. Isto sem contar com os serviços que prestam na polinização de plantas silvestres.
Mas actualmente, cerca de 1 em cada 10 desses polinizadores estão em risco de extinção, segundo a Lista Vermelha Europeia.
“Os cientistas têm-nos alertado para o acentuado declínio dos polinizadores por toda a Europa”, disse em comunicado Karmenu Vella, comissário europeu para o Ambiente.
A fim de travar este declínio, a Comissão Europeia está a preparar uma iniciativa à escala europeia. Para isso, pede a investigadores, agricultores, empresários, organizações de ambiente, organismos públicos e cidadãos para darem ideias e sugestões. A consulta pública estará aberta até 5 de Abril.
Apesar de salientar que ainda pouco se sabe sobre o estado de conservação de várias espécies de polinizadores, a informação disponível permite não ter dúvidas “de que este é o tempo de agir. Se não o fizermos, nós e as gerações futuras pagarão um preço muito elevado”, acrescentou o comissário.
A mesma opinião tem Phil Hogan, comissário europeu para a Agricultura e Desenvolvimento Rural. “Os polinizadores são demasiado importantes para a nossa segurança alimentar e para as comunidades rurais, bem como para o nosso planeta. Não nos podemos dar ao luxo de os perder.”
[divider type=”thick”]Agora é a sua vez.
A consulta pública, aberta de 11 de Janeiro a 5 de Abril, está acessível aqui.
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