Oceanos. Foto: Mobibit/Pixabay

China e UE lançam parceria para conservar oceanos

A União Europeia (UE) e a China assinaram a 16 de Julho uma parceria para os oceanos. Entre os objectivos estão o combate à pesca ilegal e a conservação da vida marinha na Antárctida.

 

Duas das maiores economias mundiais ligadas aos oceanos comprometeram-se a trabalhar juntas para melhorar a gestão internacional marinha “em todos os seus aspectos, incluindo o combate à pesca ilegal e a promoção de uma economia azul sustentável”, segundo um comunicado de Bruxelas.

Esta iniciativa surgiu durante a 20ª cimeira UE-China, que decorreu a 16 de Julho em Pequim.

A parceria inclui ainda compromissos com a protecção do ambiente marinho, com o combate às alterações climáticas e com a implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, concretamente o Objectivo 14, referente aos Oceanos.

“Por todo o mundo noto uma sensibilização crescente quanto à necessidade de soluções conjuntas para os desafios dos nossos oceanos e mares”, disse Karmenu Vella, comissário europeu para o Ambiente, Mar e Pescas.

Entre esses grandes desafios estão a poluição por plásticos e a sobre-exploração pesqueira. “Nenhum país ou continente conseguirá resolver estas tarefas colossais sozinho”, notou.

A parceria lançada a 16 de Julho dá o tom para uma futura colaboração em várias áreas, desde a conservação da diversidade de espécies marinhas em alto mar, à luta contra o lixo marinho e os micro-plásticos e a conservação da vida marinha da Antárctida, por exemplo.

A UE e a China também aceitaram cooperar para melhorar o conhecimento sobre os oceanos, apostando na observação e na partilha de dados.

Segundo a Comissão Europeia, este é apenas o início. “A assinatura desta parceria para os oceanos, a primeira do seu género, abre a porta a outras parcerias com outros agentes chave dos oceanos.”

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.