Fotografia: Joana Bourgard

Cimeira do Clima da ONU adiada por um ano, para Novembro de 2021

A cimeira das Nações Unidas COP26 teve de ser adiada de Novembro deste ano para Novembro de 2021, devido à actual pandemia.

 

Estão previstos representantes de 196 Estados nesta cimeira dedicada ao combate às alterações climáticas, que vai realizar-se em Glasgow, na Escócia. Será o mais importante na tomada de decisões a nível mundial, desde que se alcançou o Acordo de Paris em 2015.

O encontro estava previsto para começar no próximo dia 9 de Novembro, mas foi agora reagendado para o período de 1 a 12 de Novembro do próximo ano.

Em causa neste adiamento por tanto tempo estão as incertezas sobre como vão evoluir as restrições de viagens motivadas pela actual pandemia e o facto de já haver outros encontros internacionais ligados ao ambiente previstos para o próximo ano.

“Apesar de estarmos devidamente focados no combate à crise imediata do coronavírus, não devemos perder de vista os enormes desafios das alterações climáticas”, disse o presidente da COP26, Alok Sharma, citado pelo The Guardian.

“Estamos a trabalhar com os nossos parceiros internacionais num roteiro ambicioso de acções globais para o clima entre agora e Novembro de 2021. Precisamos todos de aumentar as nossas ambições para enfrentarmos as alterações climáticas.”

 

Novas metas previstas para este ano

O Acordo de Paris estabelece que todos os países signatários devem de cinco em cinco anos rever os planos de combate às emissões de gases de estufa. A  meta é limitar o aquecimento global a 2ºC, de preferência não mais do que 1,5ºC.

No entanto, tendo em conta todos os compromissos assumidos pelos diferentes governos, para já prevê-se que o aquecimento global da Terra será pelo menos 3ºC superior aos níveis pré-industriais.

Desta forma, a pressão é grande para que a revisão de metas nacionais que deverão ser apresentadas este ano – apesar do adiamento da cimeira – sejam mais ambiciosas do que as actuais.

 

 

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.