Conheça a história da foto vencedora dos Comedy Wildlife Photography Awards 2021

Início

Mais de 7.000 imagens vindas de todos os cantos do planeta competiram para vencer o primeiro prémio dos Comedy Wildlife Photography Awards 2021. O grande vencedor foi a fotografia Ouch!, do fotógrafo Ken Jensen.

O protagonista da fotografia vencedora é um macaco cuja expressão parece revelar estar algo desconfortável ao ter “aterrado” em cima de um cabo. A imagem foi captada numa ponte sobre o rio Xun, na região de Yunnan, na China, onde Ken Jensen estava a passar férias com a sua família em 2016.

© Ken Jensen / Comedy Wildlife Photography Awards 2021

Os macacos deslocam-se livremente naquela zona florestada, brincando na ponte em grupos de famílias. São muito curiosos em relação aos humanos e não são nada tímidos.

Este macaco em particular estava, na verdade, a mostrar um sinal de agressividade quando estava sentado nos cabos que suportam a ponte. Mas como a fotografia de Ken Jensen prova, o timing é tudo.

Este fotógrafo amador, que vive na cidade britânica de Blackburn, deu o nome Ouch! à fotografia.

“Estou absolutamente maravilhado ao saber que a minha fotografia era a grande vencedora, especialmente quando havia um bom número de fotografias fantásticas a concurso”, comentou Ken Jensen, em comunicado enviado à Wilder.

“É uma sensação espantosa saber que uma fotografia está a fazer as pessoas rir um pouco por todo o mundo, ao mesmo tempo que apoia fantásticas causas conservacionistas.”

Os vencedores desta 7ª edição foram revelados ontem durante o programa The One Show da BBC.

Os Comedy Wildlife Photography Awards, criados por Paul Joynson-Hicks e Tom Sullam – ambos fotógrafos profissionais e conservacionistas apaixonados – são uma competição global, online e com participação gratuita. O seu objectivo mostrar imagens seriamente cómicas da vida selvagem mais fantástica do planeta.

Este ano, a competição vai apoiar a Save Wild Orangutans, que protege os orangotangos do Parque Nacional Gunung Palung e regiões limítrofes, no Bornéu, doando 10% das receitas totais.

A categoria Affinity, a escolha do público, teve como vencedor a fotografia I Guess Summer’s Over, de John Speirs, captada na Escócia. A imagem também venceu na categoria Criaturas do Ar.

© John Speirs / Comedy Wildlife Photography Awards 2021

Vencedores em outras categorias incluem:

Categoria Animais Terrestres: Ninja Prairie Dog, de Arthur Trevino (Arthur confirmou que o cão-da-pradaria conseguiu escapar às garras da águia)

© Arthur Trevino / Comedy Wildlife Photography Awards 2021

Categoria Criaturas da Água: Time for School, de Chee Kee Teo

© Chee Kee Teo / Comedy Wildlife Photography Awards 2021

Categoria Portfolio: The Joys of a Mud Bath, de Vicki Jauron

Categoria Vídeo: Hugging Best Friend after Lockdown, de Rahul Lakhmani

Além dos vencedores das categorias, outras 10 fotografias receberam menções honrosas:

© Andy Parkinson, “Let’s Dance” / Comedy Wildlife Photography Awards 2021
© Chu Han Lin, “See who jumps high” / Comedy Wildlife Photography Awards 2021
© David Eppley, “The Majestic and Graceful Bald eagle” / Comedy Wildlife Photography Awards 2021
© Gurumoorthy K., “The Green Stylist” / Comedy Wildlife Photography Awards 2021
© Jakub Hodan, “Treehugger” / Comedy Wildlife Photography Awards 2021
© Jan Piecha, “Chinese Whispers” / Comedy Wildlife Photography Awards 2021
© Lea Scaddan, “Missed” / Comedy Wildlife Photography Awards 2021
© Nicolas de Vaulx Draguignan, “How do you get that damn window open?” / Comedy Wildlife Photography Awards 2021
© Pal Marchhart, “Peek-a-boo” / Comedy Wildlife Photography Awards 2021
© Roland Kranitz, “I got you” / Comedy Wildlife Photography Awards 2021

Recorde aqui os vencedores da edição anterior.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.