Foto: Joana Bourgard

Dia Mundial do Ambiente: “Para cuidarmos da humanidade, devemos cuidar da natureza”

O Dia Mundial do Ambiente, que se celebra esta sexta-feira, é dedicado em 2020 à protecção da biodiversidade, com o lema “Tempo para a Natureza”.

 

Desde que foi lançado em 1974, o Dia Mundial do Ambiente tornou-se o maior evento anual das Nações Unidas, afirma a ONU, que lembra que a Colômbia é o anfitrião da edição deste ano. As iniciativas deste dia vão ser transmitidas em directo através das redes sociais e no site World Environmental Day.

“A Natureza está a enviar-nos uma mensagem clara”, afirmou o secretário-geral da organização internacional, António Guterres, numa mensagem gravada a propósito do Dia Mundial do Ambiente. “Estamos a ferir o mundo natural em nosso próprio detrimento.”

Lembrando que a degradação de habitats e a perda de biodiversidade estão a tornar-se mais rápidas, Guterres sublinhou que “a desregulação climática está a tornar-se pior”. “Para cuidarmos da humanidade, temos de cuidar da natureza”, concluiu.

Já o relator independente das Nações Unidas para os direitos humanos e ambiente, David Boyd, notou que “pelo menos 70% das doenças infecciosas” como a causada pelo Covid-19 estão a passar do mundo selvagem para as pessoas e que “acções transformativas são urgentemente necessárias para proteger o ambiente e os direitos humanos.”

À medida que os países se voltam a abrir e são criados pacotes de estímulo para a economia e contra a pobreza, é também necessário “reconstruir melhor”, apela por seu turno o Programa das Nações Unidas para o Ambiente.

“Isto envolve capturar oportunidades para o investimento verde – tais como energias renováveis, casas ‘inteligentes’, compras públicas que protejam o ambiente e transportes públicos – guiadas pelos princípios da produção e consumo sustentáveis.”

Se os Estados falharem e tudo voltar ao que estava antes, deverá haver “um aumento ainda maior das desigualdades e uma degradação maior do planeta, numa altura em que um milhão de espécies de animais e plantas estão à beira da extinção.”

 

Inês Sequeira

Foi com a vontade de decifrar o que me rodeia e de “traduzir” o mundo que me formei como jornalista e que estou, desde 2022, a fazer um mestrado em Comunicação de Ciência pela Universidade Nova. Comecei a trabalhar em 1998 na secção de Economia do jornal Público, onde estive 14 anos. Fui também colaboradora do Jornal de Negócios e da Lusa. Juntamente com a Helena Geraldes e a Joana Bourgard, ajudei em 2015 a fundar a Wilder, onde finalmente me sinto como “peixe na água”. Aqui escrevo sobre plantas, animais, espécies comuns e raras, descobertas científicas, projectos de conservação, políticas ambientais e pessoas apaixonadas por natureza. Aprendo e partilho algo novo todos os dias.