Lince-ibérico. Foto: Programa de Conservação Ex-Situ do Lince-Ibérico

Dois linces nascidos em Silves libertados na Andaluzia

Hoje, o dia das reintroduções de lince-ibérico na natureza foi de dois felinos nascidos em Silves. Melissandre foi libertada na região de Guarrizas e Maravillas em Guadalmellato, duas regiões da Andaluzia, segundo o projecto Iberlince.

 

Melissandre foi libertada esta manhã no município de Vilches (Jaén) e é o quinto e último lince a ser reintroduzido na região de Guarrizas.

Depois de uma avaliação sanitária completa e de ter sido radiomarcada, os técnicos do Projecto Life+ Iberlince libertaram Melissandre, filha única de Artemisa e Fresco, ambos reprodutores no Centro Nacional de Reprodução do Lince-Ibérico, em Silves.

Esta fêmea, com cerca de um ano de idade, vai juntar-se a Mirinda (libertada na semana passada) e a Marismillas, Múrtiga e Musaraña. O Iberlince espera que estas se estabeleçam como fêmeas territoriais e se reproduzam.

Noutra das regiões definidas pelo projecto para as reintroduções, em Guadalmellato, foi libertado mais um lince nascido em Silves, a fêmea Maravillas.

Com estas duas fêmeas já são 26 os linces-ibéricos libertados este ano na natureza. Aqui fica um balanço do que já aconteceu em 2016.

Helena Geraldes

Sou jornalista de Natureza na revista Wilder. Escrevo sobre Ambiente e Biodiversidade desde 1998 e trabalhei nas redacções da revista Fórum Ambiente e do jornal PÚBLICO. Neste último estive 13 anos à frente do site de Ambiente deste diário, o Ecosfera. Em 2015 lancei a Wilder, com as minhas colegas jornalistas Inês Sequeira e Joana Bourgard, para dar voz a quem se dedica a proteger ou a estudar a natureza mas também às espécies raras, ameaçadas ou àquelas de que (quase) ninguém fala. Na verdade, isso é algo que quero fazer desde que ainda em criança vi um documentário de vida selvagem que passava aos domingos na televisão e que me fez decidir o rumo que queria seguir. Já lá vão uns anos, portanto. Desde então tenho-me dedicado a escrever sobre linces, morcegos, abutres, peixes mas também sobre conservacionistas e cidadãos apaixonados pela natureza, que querem fazer parte de uma comunidade. Trabalho todos os dias para que a Wilder seja esse lugar no mundo.